Apoio a manifestações no Brasil reúne 1.100 em Londres


Apoio a manifestações no Brasil reúne 1.100 em Londres

Apoio a manifestações no Brasil reúne 1.100 em Londres

Com as cores do Brasil, pelo menos 1.100 pessoas participavam da manifestação em uma praça ao lado do parlamento, em Londres, na tarde desta terça-feira (18), como forma de apoiar os protestos iniciados semana passada em São Paulo e em outras capitais brasileiras.
Os integrantes do ato começaram a se reunir uma hora antes no local. Perto das 17h, havia cerca de 700 pessoas, segundo um policial integrante da polícia metropolitana de Londres. Após as 19h, (15h de Brasília) havia entre 1.100 e 1.200 pessoas, ainda segundo a polícia local. Membros da organização do ato não souberam estimar o público.

A manifestação estava marcada inicialmente para ocorrer na Trafalgar Square, mas, segundo os organizadores, a pedido da polícia, o local foi alterado para a Old Palace Yard, na lateral do parlamento. A maioria dos brasileiros que vive ou que está temporariamente na Inglaterra usava camisetas das cores do Brasil e bandeiras. Entre os cartazes de protesto havia uma grande faixa escrita em inglês: "I'm Brazilian and I'm not keep calm!!", um trocadilho com uma frase que é referencia entre os britânicos.
Como ocorreu ontem em São Paulo, a razão do protesto era múltipla. Entre as frases escritas em inglês e português: "já tivemos o suficiente na ditadura", em relação à ação policial na semana passada; "mãos ao alto isso é um aumento", sobre as tarifas do transporte, até "contra a PEC 37". Os manifestantes também criticavam gastos com a Copa e a corrupção.
Aos 55 anos, a terapeuta Sonia Merighi participava da quarta manifestação de sua vida. As três primeiras referem-se a momentos históricos do Brasil. Ainda menina participou do protesto contra o golpe mil! itar de 64. Depois participou do grito pelas "diretas já" e pelo impeachment do presidente Fernando Collor, em 1992.
"Estou aqui para lutar contra a corrupção e a desigualdade social. E contra essa pouca vergonha de gastar com estádios enquanto pessoas morrem na fila do hospital."
O estudante Vitor Paiva, 26, há sete anos na Inglaterra, carregava um cartaz com uma charge contra o aumento da tarifa, mas a reportagem disse que sua participação no ato vai além dessa causa. "Estou aqui pelo direito dos brasileiros. Os R$ 0,20 foram a gota d'água." Cerca de uma hora depois do início do protesto os cartazes e gritos ganharam um tom brasileiro, com a chegada de tamborim, bumbo e pandeiro trazidos por outros manifestantes. O hino nacional foi cantado diversas vezes.

A polícia se organizou em forma de um cordão separando a rua e o jardim onde acontecia o protesto e manteve-se apenas observando a manifestação.
A maioria dos brasileiros soube do ato por uma página no Facebook assim como as estudantes Joana Burd, 23, e Marcela Martinez, 21, que estão estudando na Inglaterra. Os cartazes delas criticavam a ação policial na semana passada. "Quando a polícia perceberá que também faz parte do ato?", dizia um deles.
O protesto está previsto para se encerrar às 20h (16 horas em Brasília).

 


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